quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Hoje é dia do poeta. Viva Fernando Canto

fernandoFernando me elegeu guardiã de seus escritos. Estes versos foram construídos há muito tempo, lá por 1990. Eu os guardo com o carinho de quem ama e os compartilho no dia do poeta.

Recebam como uma oferenda.

MÁXIMA

Planar            
           
    verbo        
      é      
        grafar    
          no  
           

vento

DOR DOR

 

Cântico
objeto

A dor se professa em si mesma por ser a dor combustível

Cântico de
raiva

A dor se processa em silêncio por ser a dor como a reima

Cântico de
obstáculo

A dor se confessa uma causa de interminável impossível ultrapassando o sentido
do tato, do amor perdido

Cântico de
medo

A dor permeia o objeto
dentre os meandros do medo acorda cedo e dejeta
o mundo desconhecido

Cântico do
Homem

A dor não mede o possível
A dor é a origem da espécie

2 comentários:

Anônimo disse...

É isso mesmo, viva o amigo poeta e camarada Fernando do Canto
daniel de andrade

Anônimo disse...

É isso mesmo, viva o amigo poeta e camarada Fernando do Canto
daniel de andrade