Macapá construída em prosa e verso solto
em manhã de fevereiro
livre do pelourinho da praça mais retesada de sentimentos
Macapá mulher em rima Macapá bela e de todos acima
esticada em linha imaginária
Macapá de famílias tantas
onde de manhã p galo ainda canta
plantando novo dia em corações descrentes
Macapá de água rente
Embarcam pessoas em canoas na frente
Macapá digestão em sesta
Lembranças roncadas em redes
Com suor na pente Macapá tarde quente...
Macapá cheirosa com odor de jasmim
Espalhado em coxas generosas lambuzadas de desejos
escorridos em pernas grossas
Macapá que ainda a gente se prende
ao coração de mulher amazônida,
Amazônia, manauara, paraoara,
amapaense, macapaense...
Macapá em prosa e versos
Macapá nome anoitecido, endoidecido de desejos
Entre olhares escondidos por detrás da porta
Anotados em caderno de papel almaço
Macapá de infância distante.
Macapá pendurada em linha imaginária
Descaída do carretel de lembranças
Macapá desfilando na manha dourada do sol equatorial...
Macapá destinatária do meu inventário de desejos.
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Osvaldo Simões é paraense, nascido em Alenquer. Reside em Macapá desde gito. Vivendo entre o Laguinho e Jacareacanga (depois mudaram de nome para Jesus de Nazaré). É graduado em Comunicação Social e Especialista em Docência Superior, já publicou Lamento Ximango (poesia) e Varal (coletânea-poesia)
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