terça-feira, 29 de maio de 2012

Diversidades de Fernando Canto.


Os passarinhos amanheceram, literalmente, cantando pousados no telhado de nossa casa e nos fios elétricos da rua. Sabiás carachués em sinfonia para homenagear Fernando Canto que faz aniversário hoje.
Fernando tem uma relação íntima com sabiás. Quando estudava para o mestrado, havia sempre um sabiá que cantava nas inúmeras madrugadas em que esteve debruçado nas vertentes discursivas da Fortaleza de São José de Macapá, para seu mestrado concluído em março de 2011. O Canto do Sabiá-Companheiro está no vídeo de apresentação da dissertação Discursos a fio no curso do Rio.
Não é fácil homenagear Fernando Canto com palavras, afinal ele também é muito íntimo delas. Escreve desde a adolescência e constrói poemas assim:
“Se exorto meu temor
tenho  que disfarçar vontades
                               de quilombar-me
fugir de ti a qualquer poço
                               ciladas sem preço
                               endereço ou rosto.”
(Cântico 15º, São José de Macapá – Roteiro Poético, 1985).

Também não é fácil homenagear com música, Fernando Canto compõe desde a adolescência:
“Na minha casa se tece
Mesuras no meio-dia
Pra afugentar quebrantos
Na hora da fantasia”
(Meu Endereço – Letra de Fernando Canto, Melodia de Zé Miguel).
  
“ Você veio pequenina
Batucando a campainha
De dentro do coração
Destruindo a dor bandida
Que marcava a minha vida
Viajando em contramão
...
Tu me ensinas contar lenda,
Que eu te ensino a ser feliz”
(Pequenina, Grupo Pilão. – Letra e Música de Fernando Canto)

Com um desenho, talvez? Não. Fernando Canto também se expressa com traços:

Minha homenagem a Fernando Canto neste seu aniversário, então é desejar, torcer mesmo, com dedinhos cruzadinhos que possamos juntos, compartilhar mais e mais aniversários. É continuar ouvindo e ouvindo: “Mas jáaa?”, “tu achas bonito isso...”, “A menininha, coitadinha...” ,  em acompanhá-lo de vez em quando em suas incansáveis “itinerâncias” pelas ruas desta Macapá que ele tanto ama.
Viver com Fernando Canto é uma dádiva. Feliz Aniversário.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Parabéns Bruno, meu filho.

Hoje meu filho Bruno Mont'Alverne faz 30 anos e, a cada ano, quando um de meus quatro filhos faz aniversário, volto meu pensamento para aqueles instantes que antecederam seu nascimento e os revivo com uma nitidez impressionante. Acho que isso é coisa de mãe.
Com relação ao Bruno, lembro de chegar na maternidade Mãe Luzia com uma barriga pequenininha, cheia de dores, achando que voltaria pra casa logo porque ainda estava com 8 meses de gestação. Não voltei no mesmo dia porque ele nasceu prematuro, pequenininho, rosadinho, lourinho, lindo!!!
Mais um prematurinho na minha vida, este o último filho. O meu caçulinha, lourinho de olhos verdes.
Hoje meu filho é um homem e algumas vezes o vejo como aquele bebezinho rechonchudinho. Acho que isso também é coisa de mãe.
José Saramago definiu bem, "Filho é um ser que nos emprestaram para um curso intensivo de como amar alguém além de nós mesmos, de como mudar nossos piores defeitos para darmos os melhores exemplos e de aprendermos a ter coragem. Isto mesmo ! Ser pai ou mãe é o maior ato de coragem que alguém pode ter, porque é se expor a todo tipo de dor, principalmente da incerteza de estar agindo corretamente e do medo de perder algo tão amado. Perder? Como? Não é nosso, recordam-se? Foi apenas um empréstimo". 
Tai meu filho no mundo, com suas próprias experiências, lutando pelos seus espaços. Cheio de energia na construção do seu mundo. Mas às vezes, como todo filho, acho, volta pros meus braços sedento de aconchego.
Já Luiz Fernando Veríssimo é mais pragmático, diz "a verdade é que a gente não faz filhos. Só faz o layout. Eles mesmos fazem a arte-final". Isto também é fato. O que também é fato é que uma boa arte-final depende de um bom layout.
Na verdade tudo o que eu gostaria de dizer ao meu filho Bruno, que faz aniversário hoje, ao meu filho Lênio, ao meu filho André e à minha filha Oriana, foi pensado e escrito por Lya Luft e publicado na Revista Veja de 12/05/12. Por isso republico aqui.



A canção de qualquer mãe
"Filhos, vocês terão sempre me dado muito mais do que esperei
ou mereci ou imaginei ter"




"Que nossa vida, meus filhos, tecida de encontros e desencontros, como a de todo mundo, tenha por baixo um rio de águas generosas, um entendimento acima das palavras e um afeto além dos gestos – algo que só pode nascer entre nós. Que quando eu me aproxime, meu filho, você não se encolha nem um milímetro com medo de voltar a ser menino, você que já é um homem. Que quando eu a olhe, minha filha, você não se sinta criticada ou avaliada, mas simplesmente adorada, como desde o primeiro instante. 
Que, quando se lembrarem de sua infância, não recordem os dias difíceis (vocês nem sabiam), o trabalho cansativo, a saúde não tão boa, o casamento numa pequena ou grande crise, os nervos à flor da pele – aqueles dias em que, até hoje arrependida, dei um tapa que ainda agora dói em mim, ou disse uma palavra injusta. Lembrem-se dos deliciosos momentos em família, das risadas, das histórias na hora de dormir, do bolo que embatumou, mas que vocês, pequenos, comeram dizendo que estava maravilhoso. Que pensando em sua adolescência não recordem minhas distrações, minhas imperfeições e impropriedades, mas as caminhadas pela praia, o sorvete na esquina, a lição de casa na mesa de jantar, a sensação de aconchego, sentados na sala cada um com sua ocupação.
Que quando precisarem de mim, meus filhos, vocês nunca hesitem em chamar: mãe! Seja para prender um botão de camisa, ficar com uma criança, segurar a mão, tentar fazer baixar a febre, socorrer com qualquer tipo de recurso, ou apenas escutar alguma queixa ou preocupação. Não é preciso constrangerem-se de ser filhos querendo mãe, só porque vocês também já estão grisalhos, ou com filhos crescidos, com suas alegrias e dores, como eu tenho e tive as minhas. Que, independendo da hora e do lugar, a gente se sinta bem pensando no outro. Que essa consciência faça expandir-se a vida e o coração, na certeza de que aquela pessoa, seja onde for, vai saber entender; o que não entender vai absorver; e o que não absorver vai enfeitar e tornar bom.
Que quando nos afastarmos isso seja sem dilaceramento, ainda que com passageira tristeza, porque todos devem seguir seu caminho, mesmo que isso signifique alguma distância: e que todo reencontro seja de grandes abraços e boas risadas. Esse é um tipo de amor que independe de presença e tempo. Que quando estivermos juntos vocês encarem com algum bom humor e muita naturalidade se houver raízes grisalhas no meu cabelo, se eu começar a repetir histórias, e se tantas vezes só de olhar para vocês meus olhos se encherem de lágrimas: serão apenas de alegria porque vocês estão aí. Que quando pareço mais cansada vocês não tenham receio de que eu precise de mais ajuda do que vocês podem me dar: provavelmente não precisarei de mais apoio do que do seu carinho, da sua atenção natural e jamais forçada. E, se precisar de mais que isso, não se culpem se por vezes for difícil, ou trabalhoso ou tedioso, se lhes causar susto ou dor: as coisas são assim. Que, se um dia eu começar a me confundir, esse eventual efeito de um longo tempo de vida não os assuste: tentem entrar no meu novo mundo, sem drama nem culpa, mesmo quando se impacientarem. Toda a transformação do nascimento à morte é um dom da natureza, e uma forma de crescimento.

Que em qualquer momento, meus filhos, sendo eu qualquer mãe, de qualquer raça, credo, idade ou instrução, vocês possam perceber em mim, ainda que numa cintilação breve, a inapagável sensação de quando vocês foram colocados pela primeira vez nos meus braços: misto de susto, plenitude e ternura, maior e mais importante do que todas as glórias da arte e da ciência, mais sério do que as tentativas dos filósofos de explicar os enigmas da existência. A sensação que vinha do seu cheiro, da sua pele, de seu rostinho, e da consciência de que ali havia, a partir de mim e desse amor, uma nova pessoa, com seu destino e sua vida, nesta bela e complicada terra. E assim sendo, meus filhos, vocês terão sempre me dado muito mais do que esperei ou mereci ou imaginei ter."


Bruno meu filho, muitas e muitas felicidades. Hoje e sempre.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Feliz Aniversário, Mariléria Maciel

Hoje quero me juntar a uma legião de amigos para homenagear uma amiga muito querida: Mariléia Maciel que faz aniversário hoje.
Muita saúde, paz, alegria em sua vida... sempre!
Feliz aniversário Mariléia.

Esta é minha mãe


11 de Maio de 2012Rio. 08 de maio de 2012
Zoom News
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Pesquisa aponta Alba Cavalcante como a melhor mãe do mundo
Após comparar dados de mais de 2 bilhões de mães, o IZPCM - Instituto Zoom de Pesquisa e Comparação de Mães - encontrou a melhor mãe do mundo. A escolhida foi Alba Cavalcante, mãe de Sonia Canto.
Para chegar nesse resultado, o IZPCM seguiu critérios rigorosos de avaliação. Alba foi campeã nos quesitos: Excelência em Educação, Parceira para toda hora e Guardiã dos direitos iguais entre irmãos.
Os pesquisadores responsáveis declararam não ter encontrado grandes dificuldades para apontar Alba Cavalcante como a melhor mãe do mundo e quem comemora é Sonia Canto: "Quando inscrevi minha mãe na pesquisa eu já sabia qual seria o resultado. Melhor mãe do mundo só tem uma: a minha!".
Criar 12 filhos não é fácil. Criar 12 filhos e manter-se aos 89 anos lúcida e ativa é excepcional. Esta é nossa mãe. Nós, seu filhos, agradecemos todos dias a dádiva de receber sua bênção. Naná, Helena, Célia, Iris, Sueli, Sonia, Ocirema, Camilo Ênio, Ney Sandra e Ibis.
Sonia Canto

Ana Martel canta Elis

Tudo prontinho para o grande show "Ana Martel canta Elis".
Concentração máxima nos ensaios.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

ANA e ELIS, encontro sob a energia do Equador.




“Ana Martel canta Elis"! É assim que a cantora e compositora amapaense comemora seus 30 anos de carreira, em grande show no dia 11 de maio, no Malocão do SESI.
Ana Martel começou sua carreira musical no mesmo ano em que Elis Regina partiu para outra dimensão. Esse fato torna 2012 um ano especial em sua carreira: a comemoração dos seus trinta anos de atividade musical e a homenagem à Elis Regina.
No show, Ana Martel se une a uma plêiade de compositores que tiveram suas músicas gravadas por Elis Regina. De Adoniram Barbosa a Rita Lee, passando por Edu Lobo, Vinicius de Moraes, João Bosco e outros não menos ilustres, para mostrar ao público canções inesquecíveis. Ela apresentará também canções do seu último CD (SOU ANA).
Para emoldurar este momento de comemoração e homenagem, a direção musical terá o talento do maestro Joaquim França que estará ao piano. Joaquim é amapaense radicado em Brasília e, no início da carreira de ambos, dividiram muitos palcos na noite macapaense. Fabinho (violão e guitarra), Hian Moreira (contrabaixo), Valério de Lucca (bateria), Marcelo (flauta) e Sinei (trompete e sax) completam o conjunto de músicos que acompanharão Ana Martel.
 Nesta noite memorável e sob a energia exuberante do Equador, a artista também receberá uma homenagem especial de seu amigo e parceiro, o poeta e compositor Joãozinho Gomes que participará do show recitando um poema feito especialmente para este momento único. (Sonia Canto)

Descrição: cleardotServiço:
Data: 11/05/12         Hora: 22h00
Local: Malocão do Sesi
Ingresso único: R$ 25,00
Vendas: Sorveteria Jesus de Nazaré
Informações: 8111-4587 / 9112-7126