sábado, 27 de novembro de 2010

Festa no Estúdio do Carlitão.

alan_fabinho_miqueiaspaulinho queiroga_nena silva_huan moreira_valério de lucca  bi_fernando cleverson baia eliseu_rogerinho_jeffrey juliele marques leo trindade orivaldo_zé miguel_eduardo

Miquéias Reis firme na direção musical para gravação do 2º DVD da Música Amapaense. Nas fotos, flagrantes dos ensaios.

Passe o mouse nas fotos pra saber quem é quem.

Perdoado mas nem tanto…

piratão Piratas da Batucada volta ao Carnaval. Tá perdoado, mas nem tanto... Volta no Grupo de Acesso. Como diz Arlindo Cruz, na voz de Maria Rita: Seja do jeito que for / Eu te juro meu amor / Se quiser voltar / Tá Perdoado!... (imagem disponível em www.clivercampos.zip.net).

QUASE FAMOSOS - UMA HISTÓRIA DE AMOR VERDADEIRO

Por André Mont’Alverne

Quase-Famosos1 (2) Neste filme, lançado há dez anos, o diretor Cameron Crowe apropria-se de uma cena rock and roll, assim como havia feito com o grunge de Seattle em "Singles - Vida de Solteiro", para embalar sua historia de amor. A diferença é que aqui as coisas são verdadeiras. Quase Famosos é praticamente um filme autobiográfico. Cameron Crowe foi de fato o jornalista prodígio que cobriu uma turnê do Led Zeppelin ainda na adolescência para a revista Rolling Stone.

Estamos em 1973 e William Miller, o alter-ego de Crowe na tela, (interpretado pelo estreante Patrick Fugit) tem apenas 15 anos. O rock manda no mundo. David Bowie é um mito que veio do espaço. Lou Reed largou o Velvet Underground e começou a caminhar no lado selvagem de sua carreira solo. Neil Young deixou o Buffalo Springfield para dedicar-se também a carreira solo e começou a brincar com os amigos David Crosby, Stephen Stills e Graham Nash.

Imagine Black Sabbath, The Who, Led Zeppelin e Pink Floyd no auge, lançando seus melhores trabalhos. Naquele tempo os Deuses andavam sobre a Terra e um garoto rabiscava textos sobre música em um pequeno jornal de San Diego, até conhecer Lester Bangs que é só o cara mais genial que escreveu sobre música em todos os tempos e naquela ocasião editava a Cream Magazine. No filme Lester Bangs, (interpretado pelo ótimo Phillip Seymour Hoffman), aparece como mentor do garoto, sempre lhe dando muitos conselhos como: "As bandas irão te usar, irão te apresentar garotas, irão te dar drogas, tudo para que você fale bem delas, por isso, ao escrever sobre uma banda seja honesto e impiedoso"

Depois de ser surpreendido por um telefonema de Ben Fong-Torres (o mais famoso editor da mais famosa revista pop de todos os tempos) dizendo que quer uma matéria sobre uma banda nova, William embarca no mundo de "sexo, drogas e rock and roll" com a banda fictícia Stillwater, para desespero da sua mãe, numa interpretação sensacional de Frances McDormand. A pauta da matéria foi acertada via telefone, sendo assim, o editor não percebe que está conversando com um menino de 15 anos.

Sua missão era escrever uma matéria para a revista Rolling Stone: 3000 mil palavras sobre o Stillwater (o grupo é uma mistura de Led Zeppelin, Allman Brothers, Lynyrd Skynyrd e The Who). No filme, somos apresentados ao mundo do rock and roll juntos com William. Antes, ele era apenas um fã que ouvia e venerava as bandas de rock e desconhecia o conturbado mundo de turnês, mentiras e brigas de egos. A época era de exageros, orgias, drogas e álcool, mas aqui, com os olhos do garoto, vemos uma versão romanceada disso tudo. Nada é escondido no filme, mas tudo é mostrado com uma sutileza que atinge a medida certa, o que é uma característica marcante de Cameron Crowe.

William é doce demais para o rock. E se apaixona logo pela garota mais bonita que aparece, Penny Lane, groupie que acompanha bandas, interpretada por Kate Hudson, com conhecimento da causa, já que ela tem uma certa inclinação a se envolver com músicos - depois de se separar de Chris Robinson, lider do Black Crowes, atualmente namora o Matt Bellamy do Muse.

É difícil não fechar os olhos e se colocar na posição de William. Principalmente para um fã de música, como eu, e para aqueles que, como diz a groupie Sapphire (Fairuza Balk), gostam tanto de uma música ou de uma banda a ponto de doer. "Quase Famosos" é um parente próximo de "Alta Fidelidade" que se aproxima mais de quem faz música, ou pelo menos de quem faz parte da indústria musical: bandas, empresários, jornalistas e, é claro, os fãs.

Dizem por aí que tudo sempre acontece por causa de uma garota, Penny Lane trouxe para Kate Hudson um lugar de destaque na minha - prateleira-de-coisas-boas-que-duram-para-sempre - por mais que a atriz agora amargue personagens fraquíssimos e veja sua carreira reduzida a comédias bestas, ela sempre será a eterna Penny Lane.

Quase Famosos funciona como uma máquina do tempo para as pessoas que se dizem órfãos dos anos 60 e 70, embora nunca tenham vivido a época propriamente dita, ou seja, quando estiver deprimido, não leve a sério, visite seus amigos e veja esse filme. Quase Famosos é, na verdade, um filme de grandes amizades, amores inesquecíveis e muito, muito do verdadeiro e puro rock and roll.

quase famosos (2)

Algumas curiosidades deste filme magnífico.

Este filme ganhou o Oscar de melhor roteiro, Grammy de melhor trilha sonora e dois Globos de Ouro: melhor filme e melhor atriz coadjuvante para Kate Hudson.

- O estreante Patrick Fugit foi escolhido após um teste com 200 adolescentes.

- O papel de Russell Hammond foi escrito para Brad Pitt que depois de gravar quase a metade do filme, não agradou Crowe e foi substituído.

O papel de Penny Lane foi escrito para Sarah Polley. A atriz estava ocupada com um projeto pessoal e Kate Hudson, que ficou com personagem que seria de Polley, havia sido escalada para viver a irmã de William.

- Para parecer uma banda real, os atores que viveram os integrantes da Stillwater ensaiavam quatro horas toda noite. Os ensaios duraram seis semanas.

- Peter Frampton ensinou a Billy Crudup como tocar guitarra durante as filmagens e as músicas da banda Stillwater foram escritas por Peter Frampton.

- A mão que escreve em uma folha na cena inicial do filme pertence a Cameron Crowe.

o episódio da discussão no avião é inspirado numa viagem que Cameron Crowe fez com o The Who.

- A cena inicial é uma homenagem ao drama O Sol é Para Todos (1962), um dos filmes preferidos de Cameron Crowe. Depois da sequência, William Miller e sua mãe começam a discutir sobre o protagonista do filme.

- Quando Russell Hammond declara: “Eu sou um deus dourado!”, ele faz uma menção a Robert Plant, da banda Led Zeppelin, que disse a mesma frase na sacada de um hotel na Sunset Strip. A diferença é que Plant estava sóbrio, Hammond não.

- Na cena em que o avião sofre uma turbulência, Russell começa a cantar “Peggy Sue”. A ação é uma referência a Buddy Holly, que morreu devido um acidente de avião enquanto estava em uma turnê. Depois, Russell muda de música, ele canta “Whoa baby!”, referência a The Big Bopper, que também morreu em um acidente de avião.

- Kirsten Dunst quase ficou com o papel de Penny Lane. Cameron Crowe disse que escolheu Hudson por ela transmitir a sensação de `espírito livre´. O diretor, cumprindo uma promessa que havia feito para Dunst, dirigiu um filme estrelado pela atriz em 2005, que é Tudo Acontece em Elizabethtown.

- A mãe de Cameron Crowe fez uma ponta no longa. O cineasta tentou manter ela distante de Frances McDormand, já que a atriz interpreta uma personagem baseada em sua mãe. Assim que Crowe deixou o set por alguns minutos no primeiro dia de filmagens, McDormand e sua mãe estavam lanchando juntas.

FICHA TÉCNICA

Diretor: Cameron Crowe

Elenco: Billy Crudup, Frances McDormand, Kate Hudson, Jason Lee, Patrick Fugit, Anna Paquin, Fairuza Balk, Noah Taylor, Philip Seymour Hoffman.

Produção: Cameron Crowe e Ian Bryce

Roteiro: Cameron Crowe

Fotografia: John Toll

Trilha Sonora: Nancy Wilson

Duração: 122 min.

Ano: 2000

País: EUA

Gênero: Drama

Cor: Colorido

Distribuidora: UIP

Estúdio: Columbia Pictures / DreamWorks SKG / Vinyl Films

Classificação: 12 anos

Associação Pipoca Kids dá início ao Projeto Visando o Futuro

Por Socorro Barros

Ivanete Cardoso, Presidente da Associaçao Pipoca Kids e o diretor Financeiro Este ano a Associação Pipoca Kids – A.P.K. comemora seis anos de serviços prestados à comunidade santanense e como não deveria de deixar de ser, iniciou o ano à todo vapor, com as atividades do Projeto Visando o Futuro.

O Projeto Visando o Futuro desenvolve atividades de dança, capoeira e artesanato, além de aulas de percussão, as quais estão tendo apoio da Escola de Samba Império do Povo. As atividades são realizadas todas as quintas-feiras e aos sábados, durante os turnos da manhã e tarde, no Centro Comunitário dos Moradores do Bairro Jardim Paraíso.

A entidade tem parceria da deputada Mira Rocha (PTB), da Secretaria Municipal de Trabalho e Ação Social – SEMTAS e com Secretaria de Integração e Mobilização Social – SIMS/PMS, a qual firmou um convênio de 10 meses, para custear despesas com material de expediente e de consumo e pagamentos de instrutores da Associação. A Entidade também tem a colaboração da Panificadora São Sebastião, a qual faz doação de cem pães para o lanche das crianças todos os sábados.

A Associação Pipoca Kids além de possuir em excelente quadro de instrutores capacitados, tem também em sua equipe técnica, uma psicóloga e uma pedagoga, que juntamente com a Presidente Associação, a senhora Ivonete Cardoso, fazem visitas domiciliar às crianças cadastradas junto à Entidade.

“O objetivo do nosso projeto é prevenir o risco social de crianças a partir dos oito anos à adolescentes de 16 anos. Enquanto outras entidades trabalham com crianças em situação de risco social, nós fazemos o contrário, trabalhamos com a prevenção”, afirmou Ivonete de Souza Cardoso, presidente da Associação Pipoca Kids.

Agita Santana, sacode a terceira idade em Santana

Por Socorro Barros

Idosos em atividades de dança A Associação da Terceira Idade Agita Santana, situada na Avenida Santana, 1504 – Centro, nos altos do Bar Mascote, desenvolve um excelente trabalho voltado especialmente para os idosos do município de Santana.

Os atendimentos oferecidos aos idosos são: atividades de educação física, atendimento médico (clínico geral) com verificação de Pressão Arterial. A Associação disponibiliza também aos idosos, o acompanhamento de dois técnicos de enfermagens: Maria de Lurdes Santos e Reginaldo Vasconcelos, que todas as segundas-feiras prestam serviços à Instituição.

Os Professores de Educação Física: Sidney Melo, Jeremias Silva e Ricardo Marinho ministram aulas com atividades físicas, dança de salão e caminhadas nos dias de 2ª, 4ª e 6ª-feiras, no turno da manhã, no horário das 7h30 às 9h.

O objetivo da Associação da Terceira Idade Agita Santana é proporcionar aos idosos, atividades físicas, o desenvolvimento social, cultural e muito lazer.

O Projeto tem parceria com a Prefeitura de Santana através das Secretarias Municipais de Saúde e da Educação.

A entidade cobra apenas uma taxa mensal simbólica de apenas 5 reais aos seus associados que, segundo a presidente, a senhora Maria José Campos de Souza, é para custear as despesas com lanches nos dias de encontros dos associados.

A entidade também promove passeios turísticos, grandes bailes, bingos dançantes, apresentações juninas e folclóricas e competições esportivas internas. Vale a pena conhecer as instalações da Associação da Terceira Idade “Agita Santana”, pois além de ser recebido com muita simpatia e alegria por seus associados, lá tristeza não tem lugar. O “Agita Santana” é o endereço certo da alegria!

NOTURNO

 alcineia_tica lemos À noite

eu vigio estrelas

me embriago

de amor e luar

Passeio com Hemingway em Paris

visito os becos de Goiás

com Cora Coralina

e com Quintana

tento descobrir

o que é que os grilos

passam a noite inteirinha fritando.

Dormir

é bom de manhãzinha

quando o sol

- ainda sonolento e tímido

pula minha janela

pra me ninar.

Alcinéa Cavalcante nasceu em pleno carnaval, no antigo bairro da Favela, em Macapá.

Filha do poeta Alcy Araújo com a professora Delzuite Cavalcante, Alcinéa é jornalista, professora, poeta e escritora.

Na foto: Alcinaéa e Tica Lemos

CONSCIÊNCIA NEGRA

dica congó_Dona Dica Congó foi a grande homenageada da semana da Consciência Negra. Ela é  amapaense e matriarca da família Congó. Faleceu em fevereiro deste ano e foi uma das principais lideranças do movimento de marabaixo na Favela e realizou durante quase 50 anos o Almoço dos Inocentes em homenagem à Santíssima Trindade.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

SHOW “CANTIGA DE AMIGOS” COM SILVIO CARNEIRO E YAN FERNANDO NO SESC CENTRO

Cartaz cantiga Silvio Carneiro e Yan Fernando encontram-se no Sesc Centro na próxima terça-feira, 30 de novembro, no show Cantiga de Amigos onde interpretam canções consagradas no disco Cantoria 1, gravado em 1984 na Bahia. O show faz parte do Projeto Botequim e traz para o palco músicas de Elomar, Geraldo Azevedo, Xangai e Vital Farias que retratam a vida sertaneja cantada por autênticos nordestinos que traduzem o sertão brasileiro como poucos no show que deu origem ao disco. O sucesso do primeiro lançamento os levou de volta aos palcos para gravar o Cantoria 2, em 1988.

Os músicos- Os dois artistas comungam da mesma paixão por músicas brasileiras e a diferença de idade não impediu as afinidades.

silvio carneiro Silvio Carneiro tem 33 anos, nasceu na Paraíba é jornalista e chegou no Amapá em 2005. Tem a música como companhia desde a infância, cresceu ouvindo de clássicos eruditos a populares e aprendeu violão com amigos. Fã de Raul Seixas deixou que o rock entrasse em seu repertório na sua passagem pelo movimento estudantil. Integrou bandas de rock ainda no nordeste, mas a tendência pelo estilo progressista de Raul e Zé Ramalho levou Silvio para as rodadas de violão entre amigos acadêmicos onde fazia imitações de seus ídolos. Além de excelente intérprete, Silvio compõe e depois de alguns anos dedicados ao jornalismo, retornou em 2010 à música com o show “Raul Seixas-21 Anos Sem Luar”. Logo após apresentou no Sesc o “Nordeste Independente” e no Complexo Araxá, “As Aventuras do Maluco Beleza no Reino de Avohai”.

yan-fernando[2]Yan Fernando é um jovem amapaense de 19 anos que descobriu muito cedo a música. Assim como Silvio, Yan cresceu escutando músicas de artistas consagrados e se aventurou primeiro na percussão em festas particulares e ampliou esse conhecimento nas baterias de diversas escolas de samba no Amapá. Yan tenta unir o talento nato ao conhecimento acadêmico. Aos 8 anos entrou na Escola de Música Walkíria Lima mas o tempo dispensado com teorias não estava nos planos do garoto que já queria tocar instrumento. Desistiu, mas ao completar 15 anos retornou à Escola de Música onde decidiu se aperfeiçoar de fato em música estudando violão erudito. Aluno de Beto Oscar, Fabinho Costa e André Pantoja, Yan atuou como tenor na Orquestra Oscar Santos durante dois anos e participou de vários recitais da escola de música. Suas influências musicais vão de Villa Lobos à Paulinho Nogueira, Elomar, Chico Buaque, Belchior, Turíbio Santos e muitos outros. Em 2010 foi convidado por jovens artistas amapaenses para participação em shows, como a exemplo de Rebeca Braga e o próprio Silvio Carneiro.

O Show- Em Cantiga de Amigos a dupla vai interpretar músicas como Sete Cantigas Para Voar, Kukukaya, Ai Que Saudade D’ocê, ABC do Preguiçoso, Saga da Amazônia, Moça Bonita, Arrumação e outras que não fazem parte do repertório do disco, como as de autoria de Renato Teixeira, Almir Sater e Paulinho Pedra Azul. “Podemos definir este show como um resgate da música brasileiríssima de raiz”, fala Silvio.

SERVIÇO:

Data: 30 de novembro / Local: Sesc Centro / Hora: 22:00 / Entrada franca

Patricia Bastos em São Paulo

patriciabastos

Cantos e Encantos: Grupo Pilão apresenta o Show Musical “ENCANTARIA”

Por Sonia Canto

para blog_ O Grupo Pilão sobe ao palco no dia 07/12/10, no Centro de Cultura Negra, a partir das 23:00 para apresentar o show musical “ENCANTARIA”, que comemora seus trinta e cinco anos de atividade musical ininterrupta.

Formado por Eduardo Canto, Orivaldo Azevedo, Leonardo Trindade, Juvenal Canto, Bi Trindade e Fernando Canto, o Grupo Pilão se apresenta com a direção musical do Maestro Manoel Cordeiro e uma banda base formada pelos músicos Alan Gomes (contrabaixo), Fabinho (guitarra), Paulinho Queiroga (bateria) e Bibi (sopros).

Encantar significa exercer suposta influência mágica; seduzir; cativar; fascinar; agradar extremamente; provocar irresistível admiração. Para os entendidos em magia, Encantaria é produto da fusão dos cultos amerabas e cristãos e dos elementos da Natureza: Ar, Fogo, Terra e Água.

É com esta proposta de encanto e magia que o show “Encantaria”, será apresentado com um repertório mesclado de canções que já fazem parte do cancioneiro popular, e inéditas que vem sendo ensaiadas há dois meses.

As músicas inéditas que serão apresentadas ao público refletem o trabalho de pesquisa do grupo desde o lançamento de seu último trabalho, o CD Trevelê (1996), e trazem ritmos diversificados: batuque, guarânia, samba, guitarrada, boi bumbá, marabaixo, cacicó, samba-choro e xote.

Desde 1975, quando surgiu no III Festival Amapaense da Canção – FAC, usando o pilão como instrumento musical na música “Geofobia”, de Fernando Canto e Jorge Monteiro, o Grupo Pilão iniciou um percurso de valorização e divulgação da música local que influenciou definitivamente a criação musical do Estado. Nesse período realizou inúmeros shows e gravou três discos e representou o Amapá no Brasil e no exterior.

Tendo sobrevivido por mais de três décadas lutando bravamente em prol da nossa música, sua base de componentes continua a mesma juntamente com as idéias de valorização de nossas coisas, através da pesquisa e da preservação dos valores mais autênticos da cultura amapaense.

A produção executiva do Show “Encantaria” é de Sonia Canto Produções e a direção artística é assinada por Tomé Azevedo.

Serviço:

Local: CENTRO DE CULTURA NEGRA

DATA: 07/12/10 HORA: 23:00H

MESA: 50,00

Informações: 8138-9690/9149-9536

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

CIDADE LANÇANTE

Por Fernando Canto

Fotos: Juvenal Canto

Esta baía

é uma grande gamela de líquidas contorções, ondas que bailam sob a música do vento.

Esta baía

não guarda mais o sangue inglês do comandante Roger Frey que pereceu sob a espada implacável do capitão Ayres Chichorro a 14 de julho de 1632, um dia claro, aliás, de verão amazônico, quando o sol derretia naus e o piche dos tombadilhos. Nem o sol, nem o vento, nem o oceano lá adiante cogitavam que naquela mesma data, dali a 157 anos o povo francês tomaria a Bastilha.

Na margem

esquerda deste rio imensurável uma floresta úmida abrigava uns seres esquisitos, cabeludos e cheios de penas coloridas que os portugueses conheciam por Tucuju, Tikuju, Tecoju ou Tecoyen. Segundo ensina a mestra Dominique esse era um povo de origem Aruaque, ocupante da Costa Sul do Amapá que se tornou aliado dos holandeses, dos franceses e dos irlandeses. Por isso foi atacado impiedosamente por uma expedição do desbravador Pedro Teixeira no ano da graça de 1624. Sua história, no contexto da nossa, dá conta que após a façanha do capitão português esse povo procurou abrigo no Cabo do Norte, mas foi reduzido pelos jesuítas a uma missão no baixo Araguari e pelos capuchinhos no baixo Jari. É provável que um pequeno grupo tenha sobrevivido ao sul do município de Mazagão até o início do século XIX. Desse pequenino grupo restaram apenas as cinzas do tempo e um soluço quase imperceptível que morre a cada segundo na agonia de todos os silêncios.

Esta baía

guarda estranhos segredos: uns são contados em língua morta, quando o hálito da madrugada sopra depois que a lua assim determina. Esses são de difícil entendimento. Os outros pairam nos escaninhos dos tabocais ou na boca das pirararas. Dificilmente serão contados.

O estuário

deste rio dadivoso acelera a corrente de 2,5 quilômetros por hora para jogar no oceano cerca de 220 milhões de metros cúbicos de água por segundo. O inacreditável é que apenas o desaguar de 24 horas daria para abastecer de água potável uma cidade superpovoada como São Paulo por quase 30 anos. Números são números, diria o matemático. Nessa foz está a redenção de nossa terra, diz o sonhador sem perder sua utopia. Do barro e dos detritos aluviais se faz a vida. E ela está ali dentro das águas à espera da sustentação das mãos trabalhadoras.

Esta baía

não se faz só de águas e barcos deslizando ao sabor das ondas. Ela abriga uma pequena jóia nascida sobre a várzea dos aturiás, velada há dois séculos por uma fortaleza plantada em cima de falésias.

Macapá,

velho pomar das macabas, carrega dentro de si a similitude de um éden tropical das narrativas dos antigos viajantes, até por ser banhada por tantos líquidos e cheiros advindos diariamente pela chuva refrescante e pela espuma das lançantes marés.

Macaba,

Maca-paba: gordura, óleo, seiva do fruto da palmeira, vida e princípio desta terra, posto que a sombra traz a ternura e contrasta com o benefício da luz que se espraia por glebas de esperança.

Antiga terra

da maleita e da febre terçã. Terra do “já teve” já não és. Mas alguns homens ainda jogam em teu traçado xadrez e, silenciosos, manipulam segredos e conspiram contra ti, a degradar-te e degredando teus verdadeiros sonhos e tua vocação para o abrigar da vida que se espera. Mesmo assim a felicidade bem insiste em se hospedar em ti.

Embora

batizada com nome de santo - especialíssimo no panteão católico - teus habitantes não ficam isentos dos perigos: pés se torcem ou se fraturam todos os dias nos buracos das ruas outrora bem cuidadas.

Agora

eu fico aqui me perguntando: por que quando te fundaram ergueram um pelourinho? - “Símbolo das franquias municipais”, dirão os doutos e sisudos professores. Ora, quantos homens não castigaram seus escravos até à morte após a partida do governador Francisco, porque estes aproveitaram para fugir durante a solenidade.

Um tralhoto

viu e contou ao Mucuim que diz-que o Ouvidor-Geral e Corregedor Paschoal de Abranches Madeira Fernando tomou um porre de excelente vinho do Porto ofertado a ele nesse dia pelo plenipotenciário capitão-general Mendonça Furtado, que daqui zarpou para o rio Negro para demarcar as fronteiras do reino, a mando de Pombal. Foi um dia de festa aquele 04 de fevereiro de 1758, porque nasceu naquele instante a vila de São José de Macapá.

E ela cresceu

e se fez linda e amada, pois os caruanas das águas vez por outra rondam em espirais por aí, passeando em livros abertos, nos teclados dos computadores, pelas portas e pelos filtros dos aparelhos de ar condicionado, nos protegendo das agruras naturais e das decisões de homens isentos do compromisso de te amar.

LINHA IMAGINÁRIA

Escritor Osvaldo Simões Macapá construída em prosa e verso solto

em manhã de fevereiro

livre do pelourinho da praça mais retesada de sentimentos

Macapá mulher em rima Macapá bela e de todos acima

esticada em linha imaginária

Macapá de famílias tantas

onde de manhã p galo ainda canta

plantando novo dia em corações descrentes

Macapá de água rente

Embarcam pessoas em canoas na frente

Macapá digestão em sesta

Lembranças roncadas em redes

Com suor na pente Macapá tarde quente...

Macapá cheirosa com odor de jasmim

Espalhado em coxas generosas lambuzadas de desejos

escorridos em pernas grossas

Macapá que ainda a gente se prende

ao coração de mulher amazônida,

Amazônia, manauara, paraoara,

amapaense, macapaense...

Macapá em prosa e versos

Macapá nome anoitecido, endoidecido de desejos

Entre olhares escondidos por detrás da porta

Anotados em caderno de papel almaço

Macapá de infância distante.

Macapá pendurada em linha imaginária

Descaída do carretel de lembranças

Macapá desfilando na manha dourada do sol equatorial...

Macapá destinatária do meu inventário de desejos.

____________________

Osvaldo Simões é paraense, nascido em Alenquer. Reside em Macapá desde gito. Vivendo entre o Laguinho e Jacareacanga (depois mudaram de nome para Jesus de Nazaré). É graduado em Comunicação Social e Especialista em Docência Superior, já publicou Lamento Ximango (poesia) e Varal (coletânea-poesia)

III Festival Literário de Arte

PROFES~2 Por Socorro Barros

Aconteceu desde segunda (8) e foi até sábado (13), o III Festival Literário de Artes da Escola Estadual Rodoval Borges Silva, antiga Escola São Benedito, situada no Bairro Fonte Nova, no município de Santana.

Sob a administração do Professor Nilson Silva, a escola desenvolve o projeto há três anos e a professora Valdeli Castelo Silva é a idealizadora. Segundo a Professora Valdeli, coordenadora geral, o Festival Literário de Arte surgiu da necessidade dos alunos em superarem as dificuldades na aprendizagem, em especial na disciplina de literatura, pois os mesmos não tinham interesse algum pela literatura, seus rendimentos eram mínimos, fato que gerava grande preocupação para todos os professores.

Ao final de 2007, a escola foi convidada a prestigiar o Festival Nacional de Teatro, que ocorreu na sede do antigo Independente Esporte Clube. Ao assistirem os espetáculos, os alunos ficaram bastante entusiasmados e isto despertou o interesse em realizar um festival deste nível na escola. Esse fato foi a grande oportunidade que a Professora Valdeli Castelo encontrou para que os alunos pudessem superar suas dificuldades frente a disciplina de literatura.

“O projeto é uma forma de estimular o aluno a se desenvolver nos estudos, em especial a literatura em geral e também de se integrar mais com os demais alunos, de descobrir novos talentos nas artes, além de estimular a leitura e produção textual”, comentou a professora de Literatura Valdeli Castelo Silva.

Em 2008, na primeira edição, o festival teve como tema “Muito prazer Machado de Assis”. Já em 2009, o tema foi “Centenário de Aniversário de José de Alencar” e nesta terceira edição, o tema é “Obras do Clássico ao melhor do Modernismo”.

O projeto tem quatro etapas: Leitura das Obras; Produção das Peças; Ensaios e por último as apresentações das peças. A produção, a organização e a apresentação dos espetáculos são realiza pelos alunos do ensino médio e envolve toda a comunidade escolar, e desta forma desperta, também, o interesse dos alunos do ensino fundamental.

Rodrigo Carvalho, jovem talento na arte da dança

Rodrigo Cardoso, aulas de dança com muito dinamismo e talento Por Socorro Barros

Rodrigo Cardoso de Carvalho, um jovem talento na arte da dança no município de Santana. Popularmente conhecido por Rô, com apenas 21 anos e genuinamente santanense, deu início na sua carreira de bailarino aos 10 anos de idade, quando teve a oportunidade de estudar na Escola Estadual Padre Simão Corridori, bairro Remédios II. À época já existia na escola, um projeto denominado de “Nossas Raízes”, cujo objetivo é descobrir novos talentos em todos os segmentos da cultura.

Logo de imediato Rodrigo se identificou com a dança, e através de sua professora de educação física, não foi difícil aperfeiçoar este notável dom.

Após três anos atuando, Rodrigo procurou ter seu próprio grupo de dança, pois já sabia o que queria. Denominado de “Raízes do Norte”, o grupo de dança de Rodrigo, atualmente é composto por oito integrantes, sendo quatro mulheres e quatro homens, o qual realiza inúmeras apresentações em eventos escolares e em feiras culturais em faculdades e universidades do Estado do Amapá. As apresentações do grupo de dança “Nossas Raízes” compreende os mais diversos ritmos, tais como: músicas regionais, dança de salão, axé, swing, balé clássico, hip hop, entre outros inúmeros ritmos dançantes.

Rodrigo desenvolve um belíssimo trabalho no projeto “Mais Educação”, nas escolas Padre Simão Corridori e Barroso Tostes, atuando, é claro, com dança. Na escola Padre Simão Corridori, o jovem bailarino ministra suas dinâmicas aulas de dança nos dias de terças e quartas feiras à tarde e às quintas-feiras pelo turno da manhã. Já na escola Barroso Tostes, as aulas são ministradas somente nas segundas-feiras pelo turno da manhã. Rodrigo trabalha também no projeto “Escola Aberta”, na escola Maria Catarina, no bairro Novo Horizonte.

Além de todas essas atividades, Rodrigo realiza aulas particulares de dança a domicilio, ou seja, pessoas que não gostam ou não têm tempo de freqüentar as academias de danças e que têm interesse de aprender alguma modalidade de dança, é só entrar em contato pelos fones 8138-8681/9162-7049.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Feliz Aniversário, Carlos Lobato

rodaviva (4) Sucesso e muitas felicidades no seu aniversário.

CORNUCÓPIA DE DESEJOS

cornucopia Para Sônia, que comemora o seu aniversário no Dia da Proclamação da República.

Por querer expressar meu pensamento sobre as coisas em meu idioma, às vezes arrebato o próprio coração em sofridas angustiosidades e dissentimentos infaláveis.

É o caso do amor ensolarado que sinto agora, neste mirífico momento. Um assunto ressoante, uma prosa-cornucópia (onde abundância reina) a refratar-se sem a culpa do inexpressável parlar.

Não vejo como não ensopar-me de enluação nesta crônica de candura quase irrevelável, posto que o meu amor possa entender-me ou espumar-se para sempre para o inevitável espanto que a declaração enseja. Paresque um salto com a vara achada (depois de perdida) numa olimpíada de sonhos.

Assim eu declaro: a cobra norato, o m’boitatá e as luzes do fogo-fátuo se expiram na noite. Teus olhos não! Teus olhos ternuram a medida do dia, solfejam histórias e cantam paisagens inescrutáveis para os sonostortos dos mortais. Eu sou o arauto deste cenário-testamento a castigar retumbantemente o couro dos tambores; eu anuncio a sublime compreensão do “amooor” que ecoa em gargalhadas sobre as ondas do rio. Eu declaro ainda: a pedra em sua bruta forma tem dentro de si os elementos primordiais que suprem tua sede de amar. Balance a pedra e sinta o gutigúti da sua oferenda. Lapide-a, pois ela provém da terra, e então perceberá o calor do fogo da paixão libertadora e o ar morno que movimentará o sangue pelas entranhas.

Num átimo, um áugure qualquer (que são muitos e banais) lerá tua sorte: dirá augúrios, claro. Um aúspice (que estão cada vez mais raros) dirá tua sina no vôo dos louva-deuses. E te auspiciará de boas-novas e de valores inequívocos.

Ora, dizendo isso afirmo que sou aquele que nem sabe discursar suas dores, inda que saiba do futuro, pois habito o limiar do tempo. Eu sou a timidez em prosa e verso, aluno de poesia, mas prenhe de pecados, porque ingiro virtudes nos bares da noite e não sei segredar projetos inexequíveis. Não sei, juro pueril e ludicamente (mas com toda a sinceridade de uma parlenda) pela fé da mucura, torno a jurar pela fé do guará, torno a repetir pela fé do jabuti, que não sei mentir ao sabor do vento dos ventiladores que me sopram fumaça de cigarro. Descobri que sei de ti mais do sabes da pedra em teu caminho. Sou teu (adi)vinho incontestável, ad-mirador de tua ternura. Por isso do alto da minha velada arrogância sei que tu também me amas.

Mas é de ti que quero o conteúdo dessa bilha onde Ianejar e seus pareceiros se abrigaram do fogo ardente e do dilúvio. É por ti que generalizo a farsa da criação sem pesadelos cosmogônicos. Eu me agonizo em mistérios. Eu eternizo o meu olhar nessa paixão. E me enleio como as borboletas que viajam ao paraíso pelo buraco sem-fundo do fim da terra.

Por isso eu sei que te amo.

Por isso vago ainda em fluidos imemoriais sempre presentes, antes do esquecimento das vitórias que juntos comemoramos. Por isso a ternura há de ser o mais farto elemento da imensa cornucópia de desejos que realizamos juntos. (Fernando Canto)

Publicado no jornal “A Gazeta” de domingo, 15/11/10

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Ana Martel de novo no Norte das Águas

ana martel (6) Aninha tá arrasando mesmo e não tá prosa. Quem perdeu o Show Sempre Bossa, na terça-feira, como eu, pode ir hoje (SEXTA-FEIRA)curtir a gravação do show realizada por Olimpio Guarani. Imperdível.

Ana Martel e Amazon Music, só talento.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Sempre Bossa

ana_fineias É hoje no Norte das Águas (orla do Araxá). Ana Martel e Amazon Music, de Fineias Nelluty, A partir de 21:00h.

Uma noite pra adoçar os corações: A competência de Fineias Nelluty e a voz encantadora de Ana Martel.

Com o Rio Amazonas por testemunha, tem tudo pra ser uma noite memorável.

 ana_amazon

Aniversário de Juliele

juliele Hoje Juliele faz aniversário. Todas as luzes para esta estrela que com com sua voz maviosa encanta a todos. Muito sucesso!

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Batuque, a cultura ecoa no meio do mundo

correio Todos os post de hoje foram publicados no Caderno de Cultura – BATUQUE –, do Jornal Correio do Amapá, edição de domingo 07/11.

Bolão e suas raízes

pedro bolão e dona chiquinha

D. Chiquinha e seu filho, Pedro Bolão

esmeraldina nena silva
Esmeraldina Santos, filha de D. Chiquinha Nena Silva, neto de D. Chiquinha

O Grupo Raízes do Bolão, liderado por Francisca Ramos dos Santos, a Dona Chiquinha do Bolão, divulga as tradições folclóricas do Amapá, principalmente o marabaixo e o batuque. É formado pelos descendentes de Maximino Machado dos Santos, o Bolão.

O Grupo desenvolve suas atividades no Curiaú, distrito de Macapá com uma área de 3.321,89 ha, distante 8 quilômetros da capital.

Dona Chiquinha é neta do Capitão Pedro Lazarino, pecuarista e político local do início do século XX, hoje nome de rua em Macapá. É detentora de uma memória fabulosa e conhece “ladrões” de Marabaixo como poucos. Sua mãe, conhecida por Benedita Chembemba também teve longa vida, passando dos cem anos.

Pedro Bolão, seu filho, exímio tocador de marabaixo e batuque, é lutier de caixas, querequexé e outros instrumentos. Também realiza oficinas de percussão em escolas públicas.

Nena Silva, neto de D. Chiquinha, é percussionista reconhecido nacionalmente.

Esmeraldina, sua filha é escritora. Publicou em 2002, com apoio cultural da Confraria Tucuju e Prefeitura Municipal de Macapá o livro “Histórias do Meu Povo”¸onde conta histórias de sua família e apresenta uma das muitas versões para o significado da palavra Curiaú.

Curiaú, onde tudo começou! Meu avô se chamava Januário Clarindo dos Santos, um dos filhos escravos. Você seria capaz de imaginar o que este homem fazia para sobreviver? Ah! Esta época foi de muita luta, a caça era um de seus pontos fortes, ao encontrar uma onça seus tiros eram certeiros e sempre no meio dos olhos.

Meu bisavô por parte de mãe, contava que ele era fazendeiro, tinha muito dinheiro, para ter nome ele comprou a “patente” passou a chamar-se capitão Pedro Lazarino. Minha avó materna foi de uma grande felicidade, pois, nasceu no ano da liberdade; ela sempre falava pra nós: - “Meus filhos, foi uma luta muito triste o que meus pais e meus avós passaram, tudo que possuíam tinha que enterrar: ouro, dinheiro, jóias. Tudo que era de valor. Negro tinha que ser pobre, negro era só sofrimento e dor.”

Mas, começou a ficar sereno quando eles começaram a fugir ao longo do rio abaixo ali estava o lugar onde tudo seria perfeito, onde tudo começava a brilhar, ouro ou prata ou até mesmo o serenar. Dois escravos procuravam um lugar para criar gado, este lugar que achavam bom para criar o “u”, que era o nome do boi que eles carregavam. Daí o nome Criaú. Enquanto alguns procuravam o lugar para ficar, outros viviam acorrentados, obrigados a trabalhar, carregando pedras a pé do rio Pedreira até Macapá para construir a Fortaleza. Os negros também fizeram história, porém foram enfraquecidos pelo tempo, continuavam vivos de nós.

E assim surgiu o Quilombo do Criaú, hoje denominado de Curiaú. As primeiras casas foram do velho Lino, Tia Alta, Clarindo, Chico do Rosário que era filho da Dimiciana. No Criaú, ao longo de uma estrada aparecia uma corrente de ouro que atravessava de um lado para outro. Começa assim a história deste povo que canta, chora, mas é feliz. No começo de sua existência sobreviviam da criação de gado, cavalo, cabra, porco, mas também tinham plantação de cana, laranja e banana, tinham também a casa de farinha onde sua plantação (imensa) “sumia no tempo”. Viviam também da pesca. (Histórias do Meu Povo. Esmeraldina dos Santos. Ed. Do Autor. Macapá.2002).

O CASTANHO E O DECONFORÇA

José Araguarino José Araguarino de Mont’Alverne

A fazenda Uruguaiana possuía somente dois cavalos de sela, para o campeio das cinqüenta reses que constituíam o então rebanho bovino: o Castanho e Alazão, nomes tirados da própria raça sem pedigree nem qualquer linhagem nobre. Eram ambos pé-duro, com o Castanho mostrando porte e linhas mais elegantes e harmoniosas. Viviam juntos, até quando o Castanho formou lote, com três éguas adquiridas no Aporema.

A fazenda vizinha, também de rebanho reduzido, não tinha para o serviço de campeação, além de um cavalo e uma égua. O cavalo era o Deconforça, animal fogoso, valente e irrequieto. Era um cardão, também pé-duro, imponente, de boa postura e sobretudo rixoso.

As éguas que passaram a constituir a pequena manada do Castanho, alvaçã de uma orelha derrubada, a castanha e a alazã, despertaram cobiça no Deconforça, que não só começou a desejá-las, como também a açular o bisonho garanhão, tomando-lhe as fêmeas. A qualquer hora do dia ou da noite, tanto estivesse solto, lá vinha o Deconforça atormentar o Castanho, flagelar-lhe as costas e ancas, botar-lhe para correr a arrebatar-lhe as éguas.

A vida do inexperiente pastor tornou-se um inferno, como desassossegada ficou a do velho Justo, crioulo nascido na Guiana Francesa e que era o feitor da fazenda.

Muitas vezes, noites escuras, lá vinha o Deconforça, saltando e quebrando a cerca onde pastavam o Castanho com seu lote. E o velho Justo acordando e levantando a toda pressa, saia célere, resmungando malcriações naquela sua linguagem que era uma mistura de patoá com português inculto, para laçar e tanger o invasor, e ainda remendar a cerca se ficasse danificada.

Mas um dia – lembro-me bem, embora fosse um menino de uns oito anos de idade – estava o Castanho pastando com as éguas na relva macia que se estendia por trás do casarão da fazenda, quando lá do capão, entre duas moitas, surgiu o árdego cardão. Se fez anunciar pelo relinchar provocante, que recuou alem do cordão de buritizal que orlava a mata distante.

O sol da tarde declinava obliquamente, do poente a nascente refrigerando a terra como um bálsamo reconfortante, quando o relincho do truculento animal alvoroçou as mulheres e os meninos. Todos correram pressurosos para o janelão da parede dos fundos. Os homens estavam fora, nos trabalhos de rotina e por isso, aos de casa restava apreciar o espetáculo e ver o que ia acontecer.

O novato pai d’égua ao pressentir o perigo iminente, rufiou as éguas para trás, esticou depois as orelhas, levantou bem alto a cabeça e partiu resoluto ao encontro do outro, sacudindo o pescoço, balançando a crina, ornejando como se proferisse palavrões, soltando baforadas, respirando forte e estrepitposamente pelas narinas dilatadas e pisando firme e raivoso o solo com as patas dianteiras.

O cardão vinha com a certeza de abater o inimigo e tomar-lhe o pequeno rebanho. O Castanho, como se imbuído daquele moral que sente o ser de resguardar o que lhe pertence, parecia decidido a não se deixar abater. E disposto a defender suas éguas a todo custo, confrontou-se com o audacioso rival.

A luta foi indescritível, um duelo de bravos, como de dois titãs tirando cisma, corpo a copo, peito a peito, com ardência e firme desejo de vitória, cada um valorizando pela sua combatividade, a braveza do outro, o Castanho querendo a toda força, apagar do cardão a fama de valente.

Depois de meia hora de briga ingente, o cardão viu-se abatido, jogado ao chão, ao ser abocanhado pelo joelho. Quando levantou tropeçando, para correr com as forças que lhe restaram da refrega, foi feroz e cruelmente fustigado por dentadas a lhe dilacerarem a cernelha, as costas, as ancas e os ilhais de onde espadanava sangue.

Correram pelo campo em fora; o Castanho atrás do Deconforça. Passaram pelo vaquejador e apertaram mais o galope, até sumirem na mata.

Uma hora depois novo relinchar se fez ouvir na direção onde antes haviam sumido na mata; relincho diferente, com entonação de alegria e de canto de vitória. Era o Castanho banhado de suor, retornando depois de ter banido para bem longe e definitivamente, o seu velho e pertinaz desafeto. Trazia como troféu, também marcas de dentadas pelo corpo, e encharcada de sangue a grenha que lhe contornava as orelhas e caia sobre a testa.

As três éguas como se compreendessem o inusitado e valente feito, festejaram-lhe a chegada, saltitando, dando volteios, relinchos, meneios de pescoço e por fim, com farejos amorosos, sorvendo pelas narinas, o cheiro forte do suarento corpo do macho.

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José Araguarino de Mont’Alverne, escritor, maçon e servidor público aposentado completou 90 anos no dia 02/11.

Quase Diário, um poema de Luiz Jorge

Oavesso do espantalho

Éramos muito jovens para fazer sexo.

Então, de mãos dadas e Havaianas trocadas,

Fomos aprender inglês.

Gastamos momentos de uma noite escura

“a ver a lua” beber água do rio.

Voltamos para casa molhados de suor,

chuva e saliva como em um frevo.

Eu vim pulando sobre a perna direita

fazendo “piruetas”.

Ela veio cabisbaixa pensando em usa Rimel

e diminuir a silhueta;

Eu pensei em Fevereiro ir morar no Rio

de Janeiro.

Ela queria ser aprovada na prova de

Admissão para a Escola Normal de Macapá.

Depois, ficamos grávidos.

Ela ganhou gêmeos.

Dois dias depois, eu ganhei um violão.

Obturei um dente que doeu.

Comecei a usar óculos e pisar errado nos

degraus corretos.

Um dia eu mudei, fui de Varig, achando

perto o imaginário.

Completei dezenas de aniversários.

As crianças já devem parecer com humanos.

Rasgados planos e panos.

Surtei casando avexadamente.

Perdi seu retrato no cinema.

Entre as coxas de Helena.

Que até o filme terminar, nunca mais

Largou de mim.

Hoje eu volto ávido.

Extremamente pálido. Já avô.

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Luiz Jorge Ferreira é paraense, médico e escritor. Tem fortes ligações com Macapá, onde passou a infância e parte da adolescência.

Este é o sexto livro de poesia do autor, radicado em São Paulo. Antes dele, foram publicados: Berro Verde, Tempos do Meu Tempo, Cão Vadio, Beco das Araras e Thyabum.

O Avesso do Espantalho mostra a sua poesia evoluindo consigo e em si. Espelhada com o que lhe cerca, incomoda, soma e subtrai. (Ed. Scortecci. São Paulo, 2010)

A primeira maquinista da história do Amapá

Foto Marli Uchoa Marli Moura Uchoa é pioneira no setor de transporte coletivo amapaense. Foi descoberta por um empresário da empresa Estrela de Ouro quando transportava areia e seixo em uma caçamba trucada.

Atraído pela audácia e pelo desempenho de Marli, o empresário a convidou para visitar as instalações da empresa de transporte e realizar um teste de direção. Foi aprovada e contratada.

Encarando a nova profissão como um desafio, teve a oportunidade de trabalhar também como motorista de ônibus nas empresas: Cattani e na Garra Transporte, onde encerrou esta atividade.

Marli tornou-se a primeira instrutora de motorista formada pela ABDETRAN, certificado emitido DETRAN/AP, o qual guarda com muito orgulho.

Os quatorze anos de experiência no setor de transporte coletivo despertou nesta mulher guerreira um novo desafio: o de ser motorista de carretas. Realizou os testes para ingressar na empresa Amapá Celulose – AMCEL S/A e, apesar de aprovada nos testes, não foi contratada pela empresa. Marli atribui a negativa ao preconceito existente nesta profissão quanto à contratação de mulheres.

Após alguns dias, recebeu convite da multinacional Anglo American para mais um desafio: tornar-se a primeira mulher maquinista na história do Amapá.

Para conseguir este feito, trabalha como operadora ferroviária e passa por um período de treinamento.

“Sinto-me feliz em ser pioneira nestas profissões. Hoje, é comum vermos motoristas do sexo feminino circulando pela cidade nos transportes coletivos e quando me deparo com esta cena, sinto-me também realizada como ser humano, pois entrei para a história do meu estado, rompendo tabus e derrubando preconceitos machistas, além de abrir espaço para outras mulheres neste universo de homens”, comemora Marli Uchoa.

Audiência Pública: Infraestrutura da Cultura de Macapá.

marcelo_dias O Ver. MARCELO DIAS convida os interessados a participar no dia 09/11, às 09hs, na Câmara Municipal de Macapá, de AUDIÊNCIA PÚBLICA, com o tema “INFRAESTRUTURA DA CULTURA DE MACAPÁ/AMAPÁ”.

Pedro Carmona, enriquecendo a cultura santanense

Foto Pedro Carmona Por Socorro Barros

Pedro Carmona é intérprete de música popular brasileira e amapaense há aproximadamente 25 anos.

Já participou de grandes festivais de músicas, como o FEMAP – Festival de Música Amapaense, versão de 2007, onde se destacou com a música “Lua Cheia”, de sua autoria em parceria com Rudson e Wellington Araújo, foi aclamada a Música Revelação do Festival.

Pedro Carmona tem um público seleto de quarta a sábado, no Bar e Restaurante Coquinho Cubano, em Vila Amazonas, no município de Santana, onde realiza suas apresentações.

Carmona também recebe convidados muito especiais como, Osmar Júnior, Nivito, Cley Lunna, Cassio Pontes, entre outros. Você que é amante da boa MPB e MPA, prestigie Pedro Carmona e convidados no Coquinho Cubano. Contato pelos celulares: 9142-4345/ 8132-1551.

Roberto Prata, 25 anos de Teatro

Foto Roberto Prata Por Socorro Barros

Há 25 anos, Roberto Prata deu início a sua carreira de ator. Começou no inesquecível “Teatrum”, um grupo santanense de teatro fundado nos anos 80, de onde surgiram inúmeros talentos na arte de interpretar, tais como: Popó, Carlos Lima, Frank, entre outros artistas.

Após alguns anos de experiência, Prata coordena o seu próprio grupo de teatro denominado Cia. de Teatro Ribaltas que, este ano, já realizou três apresentações no Projeto Teia Cultural, um projeto do Governo Federal em parceria com a Secretaria de Cultura do Estado do Amapá – SECULT.

E como é de praxe, todas as suas apresentações são sucessos de público, pois o ponto forte do ator é a comédia.

“Velho é o teu passado”, é um desses espetáculos que têm a finalidade de provocar a risada da platéia e não é pra menos, pois a peça aborda temas concernentes aos idosos, os quais passam por diversas situações conflituosas e engraçadas no seu dia-a-dia. O espetáculo tem a participação especial do ator, também santanense, Silvio Guedes.

Já a comédia “Um Louco Amor”, é um espetáculo que tem a participação especial da atriz Ruth Prata e retrata a vida de um casal de loucos que planeja sua fuga simultaneamente de um hospício, e no momento da fuga eles se encontram e se apaixonam e passam a viver momentos intensos e muito divertidos desse louco amor.

O texto e a direção dos espetáculos são de Roberto Prata.

Prata já foi Secretario de Cultura do Município de Santana, onde realizou um trabalho voltado para este significante público do nosso município.

Atualmente, Roberto Prata trabalha com o Projeto Mais Educação, repassando o que sabe fazer por excelência: Representar nos palcos. E mais uma vez, o município de Santana é destaque no meio artístico!

Cley Lunna vence o SESCanta Amapá

Foto Cley Lunna O cantor e compositor santanense, Cley Lunna venceu a última etapa do festival do SESCanta/AP, realizado nos dias 28 e 29 de Outubro, na sede campestre do Sesc Araxá.

Cley participou com três canções: Clara (Cley Lunna e Jeronimo Barreto); Nega Senzala (Cley Lunna e Vanderlei Ferreira) e Jussara (Enrico Di Micceli e Joãozinho Gomes), sendo que a composição selecionada pelos jurados do SESCanta/AP 2010 foi “Clara” , que é uma música de tem uma mistura de afoxé com marabaixo.

“A composição Clara é uma homenagem à minha querida filha Clara Thaviane, de apenas um ano e oito meses. Esta composição foi feita há exatamente um dia antes de minha apresentação no ‘Show Interpretaçao’, no Projeto Botequim, no Sesc Centro, realizado em 21 de setembro. De qualquer forma, Clara foi composta no momento ideal de minha carreira no qual pude unir as duas paixões de minha vida: minha filha e a música”, comentou o cantor e compositor.

A música Clara será uma das dez músicas a serem gravadas no CD Mostra de Música SESCanta Amapá 2010, além de ser indicada para participar do FEMUCIC 2011, que acontecerá em Maringá/PR, em data a ser divulgada pela coordenação do festival.

Manoel Cordeiro aniversaria hoje.

 manoel_cordeiro O Maestro Manoel Cordeiro aniversaria hoje. É uma grande honra participar de suas de produções musicais e conviver profissionalmente com este músico de raro talento.

Desejo-lhe muito sucesso e muitas felicidades. Que continue por muitos anos brindando aos nossos ouvidos com os sons magistrais que saem se seu violão. Ou teclado. Ou caixa de Marabaixo. Ou uma simples embalagem de remédio, cheia de pedrinhas, que fazem a marcação de rítmos que só ele consegue produzir.

Compartilho com vocês como se construiu a carreira de Manoel Cordeiro.

Precisamos reconhecer e aplaudir nossos talentos.

Felicidades, meu amigo.

Manoel Cordeiro, a carreira.

Manoel Fernandes Cordeiro é músico paraense, compositor, arranjador, e pesquisador musical. Está em atividade há mais de quarenta anos nos mais variados ramos da música.

A carreira começou em Macapá, capital do estado do Amapá, tocando nas bandas “Embalo Sete”, “Os Inimitáveis e “Os Cometas”. Mudou-se para Belém e tocou em várias bandas, mas a banda de Elly Farias foi a mais importante, pois em 1975 teve a oportunidade de gravar seu primeiro disco de Carimbo feito no Pará no formato de banda elétrica sob a regência do Maestro Antonio Carlos (Tinoco).

No teatro experimental Waldemar Henrique, participou ao lado de Vital Lima e Nilson Chaves do antológico show “Luz de Lampião”. Fez muitos shows no ramo da Música Popular Brasileira, entre os quais, o Especial em Homenagem a Elis Regina realizada no Teatro da Paz.

Em 1983, iniciou seus trabalhos de gravação como produtor, músico e acompanhante no estúdio Gravasom, produzindo o disco Frutos do compositor e cantor Alcyr Guimarães. A partir desse momento passou a ser requisitado para gravar com artistas reconhecidos no meio artístico e musical, entre os quais Frank Aguiar, Fernando Mendes, Carlos Santos, Beto Barbosa, Roberta Miranda, Trio Los Angeles, Roberto Leal, José Orlando, Eliana e Banana Splitz.

Na qualidade de pesquisador musical, realizou um trabalho reconhecido internacionalmente sobre Boi Bumbá com o grupo Carrapicho. Possui outros trabalhos de pesquisa sobre ritmos, em especial, o Marabaixo e Batuque, zimba, e çairé com o Grupo Pilão. Produziu o CD Néctar, de Rambolde Campos junto com o maestro Sivuca. Produziu o CD Arraial do Quero Mais, com Osmar Júnior.

É de Manoel Cordeiro a produção do primeiro cd gravado ao vivo em Macapá, do artista Osmar Júnior, na Fortaleza de São José.

Produziu também o CD do Grupo Negro de Nós, onde experimentou fusões de zouk, batuque e marabaixo, além do estudo sobre Marambiré (ritmo dos pacovais do baixo Amazonas), com Beto Paixão.

Em 1990, para materializar suas pesquisas no campo da Música Popular da Amazônia, fundou a Banda Warilou, onde apresentou um repertório rico no som que chama de VERTENTES MUSICAIS DA AMAZÔNIA. A Banda apresentou Lambada, Guitarrada, Zouk, Cassicó, Carimbó, Boi Bumbá, Marabaixo e Batuque, sendo este o grande marco na história das Bandas da Amazônia e que até hoje serve como referencia e inspiração para muitas bandas atuais.

Atualmente encontra-se em fase de pré-produção do seu disco solo instrumental, cujo título provisório é “De Manoel Cordeiro - Vertentes do Mesmo Rio”, onde expressa sua maneira peculiar de tocar nossos ritmos, numa legítima linguagem do Caboclo Universal da Amazônia.

Manoel Cordeiro está em estúdio com o Grupo Pilão realizando a produção musical do show “Encantaria” que acontecerá no próximo dia 07/12, no Centro de Cultura Negra.

domingo, 7 de novembro de 2010

Voltando as lembranças

showNo dia 13/11, o grupo de maior sucesso dos anos 60 e 70 do Amapá se apresenta da sede do Trem Desportivo Clube. É o conjunto “Os Cometas” que faz sua apresentação anual cantando e tocando músicas que fizeram sucesso nestas décadas.

O conjunto teve várias formações que trouxeram para as casas de festa da época toda a seleção musical que tocava nos principais bailes do Brasil e do exterior e ainda hoje são relembrados.

As apresentações de “Os Cometas” eram concorridas especialmente pela seleção que trazia para os salões músicas de Renato e seus Blue Caps, The Brazilian, Beatles, Roberto Carlos que eram tocadas nas sedes como as do Esporte Clube Macapá, Trem Desportivo Clube, Santana  e Manganês Esporte Clube e ainda no Círculo Militar, Aeroclube, Piscina Territorial e Assembléia Amapaense.

Os primeiros instrumentos do grupo foram comprados pelo então baterista e hoje piloto Roberval Benigno  que iniciou “Os Cometas” junto com os percussionistas Muscula e Walfredo, também cantor; o guitarrista Sebastião Mont’Alverne; os baixistas Luis Almeida e Pedro Altair; o trompetista Assunção; no sax quem já arrasava era Espíndola; no piano estavam Aymoré Batista e Augusto e quem soltava a voz eram Joacy, Célia e Nando.    

Em 1968 o guitarrista Gato e o cantor Humberto Moreira passaram a integrar o grupo e após outras substituições, em 76  pararam de tocar continuamente. A maior parte dos que passaram pelo grupo continua sua carreira musical, como os já citados Espíndola, Aymoré e Sebastião, e ainda Jomasan, Venilton, Bebeto e Nonato Leal. Em 2008  eles resolveram se reunir para apresentações especiais com o mesmo estilo musical o que resultou em dois shows por ano sempre com casa lotada.

Hoje o maestro Álvaro Gomes faz a direção musical e eles se apresentam com  Humberto Moreira, Zé Paulo, Walfredo, Nando e Espíndola e os novatos José Pinto, Eliseu, Hamilson, Heloisa e Gilmar. A produção garante que a noite vai ser para pessoas de todas as idades se divertirem ao som de excelente música e um momento  para recordar e reencontrar amigos.

Serviço

Local: Trem Desportivo Clube

Data: 13/11/2010 (Sábado) às 22:00h

Mesas: R$ 70,00 (Sócio) R$ 80,00 (Não Sócio)

Vendas na secretaria do clube: Av. Feliciano Coelho, 187 – Trem.

Daka, 20 anos de sucesso no estilo Pop Rock

Foto da Banda Carbono 14 (2)Há 20 anos, Edílson Valente Neves, o Daka, como é conhecido no meio artístico, passou a fazer sucesso no município de Santana.

Seu talento começou a ser reconhecido por um enorme público, amante do estilo Pop Rock desde sua primeira experiência com a Banda Vôo Livre, de sua propriedade, nos meados dos anos 90.

Com a extinção da Banda Vôo Livre em 2004, Daka criou a Banda Carbono 14, composta, atualmente, por cinco talentosos músicos: O próprio Daka no baixo, Fabiano na bateria, Tom Campos na guitarra, Jormin no teclado e Leila como vocalista.

Com seis anos de carreira, a Banda Carbono 14 faz sucesso com o ritmo Pop Rock, Rock Nacional, Flash Back e Dance Music, todos esses ritmos também em versão internacional e da atualidade.

A banda também já fez apresentações em outros municípios do Estado do Amapá, principalmente em apresentações nas expofeiras e até mesmo fora do estado, como no município de Afuá, no Pará.

Carbono 14 está preparando seu primeiro álbum musical com 12 músicas inéditas, de autoria dos próprios músicos da banda.

O lançamento está previsto para este ano.

Contatos para shows: 9114-7156 // 8117-5523 – Falar com o Daka ou procurar a Loja Éden Music, na Rua Presidente Kennedy, 647, Área Comercial de Santana. E-mail para daka@hotmail.com.

A criatividade da artesã santanense Márcia Monteiro

Foto Márcia MonteiroMárcia Monteiro confecciona camisetas pintadas e decoradas com temas evangélicos e de devoção a santos padroeiros. A técnica adotada por Márcia para personalizar seu dinâmico trabalho, é a decoupage, com aplicação de paetês, latejoulas, miçangas, tintas de auto-relevo e etc. Suas camisetas fazem o maior sucesso o ano inteiro, principalmente nesta época do ano, em que muitos fiéis vão às ruas acompanhar o Círio de Nazaré, uma das maiores manifestação de fé e devoção do povo católico santanense. Para este ano, Márcia Monteiro preparou belíssimas camisetas com as mais diversas estampas e cores e podem ser adquiridas em diversos tamanhos.

Para adquirir as camisetas da Márcia Monteiro, é só entrar em contato pelo celular (96) 9129-6443.